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Sonho pt3



Aos professores exigentes soma-se uma grade de aulas que valoriza a individualidade (não espere ninguém passando a mão na sua cabeça), workshops com profissionais badalados – pense em Phoebe Philo e Christopher Bailey -, projetos em conjunto com alunos de outras áreas e formatura com direito a desfile em uma das principais semanas de moda do mundo, a London Fashion Week. Isso sem falar na imensa biblioteca, no museu e no verdadeiro caldeirão cultural que a faculdade é, com gente do mundo inteiro: do turco Hussein Chalayan, passando pela grega Sophia Kokosalaki e chegando ao brasileiro Marcelo Sommer, quase todas as nacionalidades estão representadas lá. “Os próprios estudantes são fontes constantes de inspiração. Eu me lembro de uma menina da minha sala que só se vestia com tecidos amarrados ao corpo, das mais diferentes maneiras”, recorda Sommer, da turma de 1992.

Se tudo parece atraente, é bom lembrar que chegar a um banco da Saint Martins não é fácil. O primeiro passo é, claro, ter fluência em inglês – certificados IELTS ou TOEFL são obrigatórios. Depois, entram no critério de disputa o currículo, o portfólio e o projeto apresentados. Os que passam pela peneira têm ainda que desembolsar mais de 12 mil libras por ano, caso a escolha seja pelo curso de Fashion Design, um dos mais procurados. Além disso, a concorrência é acirrada: só neste ano, 500 pessoas se alfinetaram por uma das 46 vagas do mestrado conduzido por Louise. Se vale a pena? Os exemplos mostram que sim. Christopher Kane, o atual queridinho da moda inglesa, estourou depois da formatura e a coleção de 1984 de Galliano foi inteira comprada pela Browns – outra peculiaridade da escola é colocar os compradores em contato direto com os estudantes. Garantia de que em pouco tempo grandes talentos cheguem ao mercado.